06 março, 2011

Espetáculo.

Foram lições, arrependimentos, risos, lagrimas, carinhos, olhares, brigas, beijos, abraços, sentimentos, paixões, ilusões, vontades, desejos, sonhos, decepções, realizações... E nunca serão o suficiente para entender o porquê das escolhas, do destino, da vida.
Sinto como se nada do que acredito me atingisse, e como se nada do que me atinja mude o que sinto.
Respiro fundo e milhões de fagulhas explodem dentro do meu peito, impedindo com que qualquer coisa ou qualquer pessoa ocupe meus pensamentos, alem de você. Fecho meus olhos e sinto como se não estivesse mais onde estou e enxergo nada alem de você, do seu sorriso, do seu olhar.
Uma paixão tão forte que fez com que o pior dos erros fosse fazer de tudo para não errar.
Porem, e quando o erro real foi o simples ato de tentar acertar?
Muitas vezes não consigo decifrar meus próprios sentimentos, ou mesmo saber o porquê tais sentimentos existem, e da forma que existem.
A única certeza que posso ter sobre tudo isso é que a vida nos prega peças, e são dessas peças que aprendemos a fazer um verdadeiro espetáculo.

15 agosto, 2010

Silêncio.

Não há nada mais fácil do que omitir o silêncio, ou evitá-lo, rejeitá-lo.
Porém, não há nada mais difícil do que ouvi-lo, deixar com que os gritos ensurdecedores de um olhar entre em seus ouvidos. Escutar seus próprios, confusos, e inquietos pensamentos. Deixar com que o silencio de uma triste ou feliz situação fale por si próprio, evitando que seu próprio coração seja verbalizado, o qual nasceu e morrerá em silencio.
Deixe com que o barulho insaciável do vento, que o brilho impenetrável do sol, e que a beleza incalculável da natureza te diga o como a vida é bela, ao mesmo tempo curta, em que cada segundo vivido é um segundo a menos.
Feche seus olhos e deixe com que seus próprios sentimentos, vontades, e memórias te digam quem realmente é, e o que precisa e nao precisa para ser mais feliz, evitando assim, qualquer atraso no maravilhoso ato de viver.

06 maio, 2010

Um Conto de Fadas.

Enfim,
Qual seria o verdadeiro gosto da certeza?
Talvez aquele que permanece em nossos pensamentos, em nossa boca, em nosso corpo, em nosso coração.
E como seria a certeza do gosto de algo verdadeiro?
Talvez aquele que faça com que o mundo pare, com que nada ao nosso redor tenha importância, ou mesmo aquele que nossos sentidos, nossa boca, imploram por mais e mais.
Posso fechar os olhos, e simplesmente apagar todo e qualquer pensamento que minha mente tente alimentar, e assim deixar com que meu coração me faça ter um momento real, onde posso te sentir, onde posso te cheirar, onde posso te tocar.
Ainda me confundo com meus próprios pensamentos, pois ate então tal imagem não passará de um sonho, porem agora não passa da mais pura realidade.
Um conto de fadas onde todas as palavras são muito claras, todas imagens são nítidas, os personagens são reais, a historia é real.
Muitas vezes o tempo nos castiga para fazer com que o terreno em que pisamos fique perfeitamente preparado, mas e quando nos damos conta que a terra já esta fofa, que o cercado em volta esta limpo e firme, rodeado por flores, que há uma semente grande e brilhante bem no centro, esperando apenas pelas duas pessoas certas para ser plantada, ser cuidada, ser amada.
Estou grato por poder viver tal sonho, estando acordado, e que quando durmo, sonho com a realidade.

26 abril, 2010

Vida, A Vida.

Tanto já foi dito, escrito, pensado, mas como realmente saberemos o sentido, a razão da vida?
Seria mesmo um jogo toda essa loucura que vivemos? Ou a loucura é não saber o como deveríamos jogar este jogo?
Afogamos-nos em pensamentos sobre o próximo, sobre o que será, como será, porque será, e literalmente esquecemos de nos perguntar o que somos, como somos, e porque somos.
O espelho, a mais brilhando das invenções, onde é refletido perfeitamente, sem barreiras, o que realmente é, e não o que achamos que deveria ser.
São milhares de pessoas, lugares, momentos, emoções, decepções, risadas, lagrimas, palavras, sonhos, olhares, erros, acertos, brigas, abraços, beijos, toques, para desfrutarmos, descobrirmos, aproveitarmos. E mesmo assim, não o fazemos.
O depois, o amanha, é muito tarde. O antes, o ontem, já foi ha muito tempo. Porque não acreditar no dia de hoje? E não o deixar passar como apenas mais um.
A fé, o que seria? Um ritual? Uma desculpa? Uma ilusão? Um fato?
Muitos a seguem, ou pelo enchem o peito ao dizer que a seguem, mas será mesmo? Será que todos têm total convicção que acreditar em nós mesmos basta para o sucesso na vida?
Com certeza não, pois a palavra sucesso se tornou algo material, e não mais de felicidade.
O Amor, tão temido por vários ou mesmo não aceito por diversos, ainda existe verdadeiramente? Ou seria apenas uma emoção do momento, de momento, ou para o momento?
Não desperdiço e nunca desperdiçarei um sorriso, um momento de alegria, de carinho, compreensão, felicidade, amor, por mínimo que o seja, pois será ele que mudará meu dia, que me fará aproveitá-lo mais e mais, sem medo, sem vergonha, sem pré-conceito.
Não há nada mais doloroso do que se lembrar de sua vida passada pelo o que deveria ou poderia ter sido, e não pelo o que fez.
É relaxante assistir a crianças brincarem, pois elas sim sabem como aproveitar a vida, sem se quer imaginar o que estão pensando delas, querendo ser apenas o que são, ou pelo menos o que acham que são.
A única certeza em relação a tudo isso é que de apenas uma forma jamais desfrutaremos de nossas vidas como um todo, sozinhos.

26 março, 2010

Carência? Carência.

A mais simples passada de olhos torna-se o olhar mais longo e profundo já oferecido.
O mais fraco e compreensível abraço torna-se a mais forte demonstração de afeto.
O mais educado sorriso torna-se a mais clara e brilhante forma de simplicidade.
Seria tudo isso tão ruim como todos dizem?
Enxergar tudo e todos sem o peso da maldade e da desconfiança, como se tudo em sua volta estivesse acontecendo por uma boa razão, por um ótimo fim.
Passamos a caminhar nas bordas do enorme precipício da decepção, mas não vale a pena o risco? Saber se é ou se não é por estar lá, ao invés de usar dos fatos sem nunca ao menos ter chegado perto?
Tudo fica muito mais confuso ao pensar no que é certo, no que é errado, o que é bom, ou o que faz mal.
Somos todos seres pensantes e sabemos exatamente a resposta para todas essas pequenas perguntas, e não será a primeira e muito menos a ultima vez que irei cair nesse precipício até alguém me puxar com toda a força para fora.
Às vezes nos concentramos tanto no poder da mente para nossa vida externa que esquecemos totalmente do poder do coração para com nós mesmos.

12 março, 2010

Aparecida

Seu olhar profundo, seu sorriso mais do que atraente, sua simpatia contagiante, porém apenas imagens, apenas palavras.
De onde a conheço? Aonde já a vi?
Talvez seja um sonho, talvez seja uma fantasia, mas algo bom de se presenciar.
Como posso me deixar levar assim, por algo que nem mesmo sei se existe?
Ansiedade, desejo, vontade de um novo bom dia, de um possível boa noite.
Sentir cada vibração do corpo se voltando aos meus pensamentos, imaginações.
Uma realidade diferente de um sonho, ou um sonho totalmente diferente da minha realidade?
Já há esperanças derramadas em um pote que ao menos foi aberto, que ao menos foi visto, que eu ao menos conheço.
Posso sentir algo que dificilmente me recordo de já ter sentido, dessa forma, no meio do nada, como se meus pensamentos quizessem me mostrar algo.
Espero, com toda minha sinceridade, que de uma vez por todas, meus instintos, meu destino, estejam me colocando na estrada que preciso estar, ao lado de alguem.

09 março, 2010

O ideal

Sentimentos indispensáveis, pensamentos inevitáveis, vontades incontroláveis. Sensações que sozinho ninguém pode saciar, que sozinho ninguém pode achar.
Não há melhor momento para deixar sua alma em ordem consigo mesmo se não á solidão, porém não há pior momento para se sentir sozinho, do que a solidão.
A gratidão pelo amor da família, pela sincera amizade, pela mais pura compreensão é inigualável. São presentes abençoados, os quais são únicos na vida.
Mas e o amor? A jóia mais cara, mais difícil de achar, de se manter, de saber guardar.
Por onde procuro? Para quem pergunto? Por quanto tempo espero?
Já disse, e já foi me dito, que eu havia encontrado, porém não se passou de ilusões.
Ilusões que se tornaram mais distantes pelo tempo, pela vivencia, por erros.
Deixo transparecer minha felicidade ao ver muitos e muitas a minha volta acharem quem procuravam, mas não há palavras para expressar minha tristeza ao ver todo o império construído ser destruído aos poucos, sendo dilacerado pela modernidade, sendo apagado pelo ciúme, e sendo esquecido pela tentação alheia.
Abri meu coração ao destino, deixei meu coração para Deus, na espera do outro par de mãos para re-construir o meu império, algo que nunca consegui acabar, que ao menos cheguei ao Jardim.
Viva a vida, pois ela não é um jogo, mas uma conquista.

03 março, 2010

Descartado da Razão

Um fervor no sangue, uma sensação de que cada veia de que cada artéria se desmancha.
Os olhos que não piscam, e nada na sua frente parece real, se fixando apenas em cada imagem do seu próprio pensamento.
As pernas tremem como se cada batida do seu acelerado coração repercutisse em cada fibra muscular do seu corpo.
Seria mais fácil aceitar ou resistir a toda esta situação como se em um piscar de olhos você pudesse voltar ao calmo anoitecer do dia anterior?
Porque dizer que a vida não para quando tudo e todos se baseiam no ponteiro de um relógio e em pobres pedaços de papel, onde dariam a vida por eles, e absolutamente nada do que você faz e já fez por eles não tem valor o suficiente?
Não seria tudo mais fácil, mais compreensível, se baseado apenas no ato de viver, de respirar e sentir cada centímetro do nosso pulmão se encher da energia necessária para fechar os olhos e ir atrás de nossos sonhos?
Pobres homens, pobre eu, pobre nós, que apagamos a imagem mais pura de se viver a vida.