03 março, 2010

Descartado da Razão

Um fervor no sangue, uma sensação de que cada veia de que cada artéria se desmancha.
Os olhos que não piscam, e nada na sua frente parece real, se fixando apenas em cada imagem do seu próprio pensamento.
As pernas tremem como se cada batida do seu acelerado coração repercutisse em cada fibra muscular do seu corpo.
Seria mais fácil aceitar ou resistir a toda esta situação como se em um piscar de olhos você pudesse voltar ao calmo anoitecer do dia anterior?
Porque dizer que a vida não para quando tudo e todos se baseiam no ponteiro de um relógio e em pobres pedaços de papel, onde dariam a vida por eles, e absolutamente nada do que você faz e já fez por eles não tem valor o suficiente?
Não seria tudo mais fácil, mais compreensível, se baseado apenas no ato de viver, de respirar e sentir cada centímetro do nosso pulmão se encher da energia necessária para fechar os olhos e ir atrás de nossos sonhos?
Pobres homens, pobre eu, pobre nós, que apagamos a imagem mais pura de se viver a vida.

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